Desafio de Leitura

20.1.16



A literatura é uma grande fonte de fascínio.


Pelo menos para mim, ela sempre foi o meio mais poderoso de levar a novos lugares, e ensinar novas lições. Talvez não o mais acessível, com certeza não o que demanda menos esforço, mas, sem sombra de dúvidas, aquele que produziu os melhores e mais duradouros resultados.

Não é à toa que é através da palavra escrita que escolho normalmente me comunicar. E que a minha ideia de realização está menos vinculada ao tamanho da minha casa e mais ao tamanho de minha própria biblioteca pessoal - que, nos meus sonhos, exige consequentemente uma casa muito grande.

Há algum tempo, percebi, ao mesmo tempo satisfeito e desapontado, que provavelmente serei incapaz de ler todos os livros que gostaria de ler no meu limitado tempo de vida. Mas, na inútil tentativa de me provar errado, decidi que terei um desafio anual de leitura. E aqui aproveitarei o início do ano para comentar o desafio de 2015, e já tratar do de 2016.

2015

Confesso que 2015 foi o primeiro ano em que formalmente me desafiei a ler uma quantidade pré-determinada de livros. O número foi escolhido aleatóriamente, quando pedi a uma conhecida que escolhesse, sem saber o motivo, um número entre 30 (por que acredito ser um número razoável de livros para ser lidos em um ano) e 100 (por quê se chama desafio por um motivo).

O número, escolhido sabiamente, foi 55. Um ótimo número, entre o aceitável e a utopia. Um número que estaria sempre ao alcance das mãos, mas que ainda assim me faria andar o ano inteiro nas pontas dos pés.

Obviamente, falhei miserávelmente no desafio, muito mais por culpa minha do que do desafio em si. O número que alcancei foi 32, e confesso ter lido alguns livros curtos para chegar a ele. Ainda assim, não me desapontei completamente com o desempenho, afinal, me mantive acima do mínimo que havia estipulado em janeiro.

Li alguns livros muito bons durante o ano, e outros que me deixaram um pouco desapontado. Aqui estão os eleitos para melhor e pior livro do desafio:

  • Melhor livro: Perdido em Marte - Andy Weir
Um livro irreverente, que me pegou de surpresa e foi a leitura mais prazerosa do ano. Andy Weir, um autor que começou publicando a si mesmo pela Amazon, nos traz uma história simples e incrivelmente complexa, e consegue, acima de tudo, entreter. Não é sem méritos que o livo serve de base para o filme de mesmo título, indicado ao Oscar de melhor filme do ano.



Menções honrosas: O oceano no fim do caminho (Neil Gaiman); Uns brasileiros (Mário Prata); e O temor do sábio (Patrick Rothfuss).

  • Pior livro: Convergente - Veronica Roth
Último livro da série Divergente, que começou promissora, foi, sem sombra de dúvidas, o meu maior desapontamento do ano. Não apenas Veronica Roth falhou dar a série um final satisfatório, ela conseguiu diminuir consideravelmente o apreço mediano que eu tinha pelos outros dois livros anteriores. Um livro que me afastou do cinema, e que me fez querer distância da história inteira, de maneira geral. Rumores de que os últimos filmes da saga irão divergir do material original chegam a ser vistos como boa notícia depois do impacto negativo que o material original deixou.

Vai para o canto pensar sobre o que você fez!


Menções honrosas: Morte subita (J.K. Rowling); e Não nascemos prontos (Mario Sérgio Cortella).

A lista completa de leituras do desafio pode ser encontrada no Goodreads.

2016

Neste novo ano, tomei como base o número de leituras que fiz em 2015, e, como teto, um objetivo mais palpável, 50. Da mesma maneira, pedi a uma amiga, sem lhe explicar os motivos, que escolhesse um número dentro do universo delimitado. Coincidentemente, ela escolheu 33, que, acredito, será um objetivo que terei tranquilidade em atingir, e que ainda demonstra uma melhora em relação ao ano anteriror.

Já tendo começado o desafio (como já começou o ano), o primeiro livro já foi lido. Star Wars: Marcas da Guerra. Minha resenha - sem spoilers, na medida do possível - pode ser encontrada no Blog da Liga. O segundo livro escolhido foi Sr. Holmes e, até o momento, venho apreciando a leitura. Também estou lendo, secundariamente, o livro 44 cartas sobre o mundo moderno líquido, do renomado sociólogo contemporaneo, Zygmunt Bauman. 

Você pode acompanhar o meu progresso no desafio diretamente do blog, através do aplicativo na barra lateral, além de saber quais os livros estou lendo atualmente. Quem preferir, poderá me encontrar no Goodreads, e me acompanhar por lá. Todos estão mais do que convidados a compartilhar a sua própria lista de leitura, e a participar também do desafio.

Em breve, darei a minha opinão sobre Sr. Holmes, em um post específico.

Por hoje, é só. Até a próxima e boa leitura!

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